O movimento curdo resiste ao Estado Islâmico e coloca em curso uma revolução que busca a libertação e autonomia do povo curdo; mais do que isso, propõe um projeto de autogestão contra o Estado. As mulheres curdas são protagonistas em todo o processo dessa luta, desde a inserção em todas as frentes de organização da resistência nos acampamentos de refugiados curdos, da vida em Kobane, até a formação auto-organizada da frente – YPJ – de mulheres em armas. A luta das mulheres curdas, ao propor a emancipação das mulheres ainda durante o percurso da revolução, ou seja, a revolução dentro da revolução, constitui um exemplo de protagonismo, auto-organização e emancipação das mulheres que enriquece e muito as experiências históricas da luta das mulheres em todo o mundo. Nesse sentido, trazem contribuições para os movimentos feministas além das fronteiras de Rojava, bem como para os movimentos sociais que abraçam a pauta da emancipação das mulheres. Elas nos ensinam que a luta pela emancipação das mulheres pode e deve ser travada nas barricadas da revolução em seu próprio curso, não precisamos esperar que a revolução termine para, então, transformar a cultura do machismo; que a destruição do Patriarcado constitui uma das lutas ao lado da destruição do Estado e do Capitalismo, não se desvencilhando delas; que a auto-organização e o protagonismo são urgentes nessa luta; que as bases para a emancipação das mulheres devem sem construídas a partir da nossa realidade concreta…. Enfim, muitas são as aprendizagens que essas mulheres combativas estão a nos possibilitar!
Por isso, compreendemos como necessário conhecer a batalha dessas mulheres e debater a respeito do que estão a construir. Convidamos vocês a participar conosco desse momento de aprendizagem e discussão!
No mais, um abraço e toda a solidariedade às mulheres curdas!
Nas palavras delas para as mulheres do mundo, “Temos um combate em comum, e uma resistência em comum. Necessitamos de uma forte solidariedade entre nós” (da cartilha “Mensagem de mulheres nas fronteiras de Rojava resistência e liberdade”)
E como elas dizem por lá, “A RESISTÊNCIA É A VIDA! ”
VIVA AS YPJ!
VIVA AS MULHERES CURDAS EM RESISTÊNCIA E LUTA!
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