“[…] esta resistência deve proporcionar novas perspectivas sobre as diferentes maneiras como as mulheres, especialmente numa região tão feudal-patriarcal, podem emancipar-se. As mulheres em Rojava não só levam a cabo uma revolução social. Os meios de comunicação de massas fazem caricatura da luta destas mulheres como uma fantasia sexy ocidental e capitalista, mas a verdade é que estas mulheres estão a liderar uma luta social radical que pode desafiar o status quo para além do estado de sítio imposto pelo EI. Em muitos sentidos, esta luta das mulheres de Rojava rompeu os estereótipos orientalistas das mulheres do Médio Oriente como pobres vítimas que estão perdidas. Mas talvez o mais importante é que o mundo aprendeu uma coisa: que há esperança mesmo quando se está completamente rodeado pela escuridão da bandeira do EI. Que outro mundo é possível!

Dilar Dirik